segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Parfume...

Tranquila é a palavra que define o meu estado de espírito.
Estou em harmonia e paz comigo, com o meu mundo, com os meus sentimentos, sei que estou no meu trilho, no percurso que escolhi, projectei e agora resta-me seguir e ver onde me leva. Sinto-me confiante, segura do que sinto, fiz as pazes com o Universo, com o destino e aceitei com resignação o fado que tocou e abalou o meu presente.


Aceitar os factos, foi um passo doloroso que consegui dar, não foi fácil ou tranquilo, vivi revolta, tumulto, chorei, gritei, desesperei, mas depois veio a perseverança, a humildade de aceitar os meus sentimentos e desejos, o orgulho transformou-se em compreensão, o amor venceu e provou que somos mutáveis, que somos capazes de sair do nosso umbigo e olhar através do lodo e ver esperança.

Sei que não está apenas nas minhas mãos, apenas sei que a minha parte neste fado está concluída, agora resta-me aguardar pela próxima lua cheia, esperar pelas boas novas e sejam elas quais forem serão bem vindas, com ela vêm o meu ano novo, um novo ciclo que aguardo paciente e expectante.

Fecho um ciclo, que uma vez mais, veio repleto de provas, desafios, sei que devia de alguma forma estar à espera, pois todos os meus ciclos são assim, com mudanças, mas no fim eu lembro-me que não pertenço ao destino, vivo com ele, mas é o meu livre arbítrio que me coloca onde estou hoje. Saber que a ultima palavra é minha, dá-me a segurança que necessito para sorrir, tenho a minha vida na mão, saber quem sou, para onde quero ir, é o foco que me faz querer mais, sinto-me livre, conheço-me melhor, admito o que sinto, com o que me torna mais forte ou mais vulnerável, porque é a soma de quem sou. Já não me escondo, assumi os receios e medos, os meus sonhos e desejos, saí à rua e gritei alto, não importa quem viu ou ouviu, importa o que acredito, em quem acredito.

Quero ser eterna menina, teimosa, optimista, idealista, romântica, cair ainda vezes sem conta, mas ser fiel a mim e acreditar sempre, porque o meu amor é vermelho paixão, o meus sonhos são azul céu e mar, confiar que a vida é aquilo que todos os dias semeamos e cuidamos.

Quero viver a minha existência como um jardim florido e perfumado à beira mar, onde não posso mudar o mundo, nem a essência das pessoas, mas posso tentar contagia-las com a minha alegria de viver o presente e esperar sempre mais e melhor do amanhã que se avizinha.

Update...

Hoje não estive… Estive longe de tudo e todos, não ouvi 90% do que me disseram, não me apercebi do que se passou ao meu redor!

Andei a vaguear pelos meus pensamentos, pela minha caminhada, por tudo o que já vivi, já conquistei, onde errei, onde fui assertiva, sentir o que já fui, o que agora sou, o quanto cresci… na verdade, olho para trás e estou orgulhosa, já alcancei algumas das metas a que me propus, a minha lista não têm fim, gosto de desafios, aprecio aprender, adoro viver, sou obstinada q.b. e só desisto de um objectivo quando sinto que esgotei todas as possibilidades, que não está nas minhas mãos ou quando acabo por perceber que simplesmente, não é aquele caminho que quero seguir.

Aprender a ser humilde é um bom começo para acertar, reconhecer que optamos mal, que nem sempre estamos correctos, ouvir outras opiniões, abrir os nossos horizontes para escolher com mais conhecimento, sabedores de outras opções.

Por vezes faz-nos bem abrandar ou parar para reflectir, fazer um update sobre as nossas escolhas, perceber se estamos no caminho certo.

Os caminhos da vida nem sempre são rectos, alcatroados, existem sempre desvios, por vezes temos de tomar atalhos, para atingir os nossos fins e nem sempre os mais fáceis, são os mais seguros, ou os que nos levam onde queremos ir, temos de ser escrupulosos no nosso objectivo, connosco, para não nos sentirmos tentados a desistir, fugir, ou optar por um caminho mais dócil, porque se tornou difícil, porque não depende apenas de nós, porque pode levar o seu tempo. Sempre que fazemos uma escolha, estamos a optar por um lado e mais ou menos conscientes, estamos a abandonar outro.

Ao fazemos uma eleição estamos abdicar, a nossa atenção deve estar no facto de podermos estar a optar por deixar de viver e passar apenas a sobreviver.

Para muitos é mais que suficiente, uns querem muito, outros desejam pouco, ninguém está certo ou errado, apenas somos diferentes, mas não podemos esquecer que são as nossas atitudes na vida, as opções que tomamos perante as dificuldades, a adversidade, na nossa livre escolha, que definem quem somos e para onde vamos, não podendo, mais tarde culpar nada, nem ninguém pelo somatório da nossa existência.

Eu sou responsável pelos caminhos que trilho, quando enfrento um revés, tento ver como um desafio para me poder superar, assumo a total responsabilidade das minhas escolhas, logo da minha vida. Quando erro culpo-me a mim, avalio onde falhei e tento dentro do que me é possível, perceber o que correu mal, para traçar um novo caminho, aprendo todos os dias a ser mais humilde e assumir as minhas falhas, pois o orgulho, o egoísmo, a vaidade apenas alimentam o ego que nos conduz ao abismo e à solidão. Eu sei, porque eu já estive lá!